A maneira como o jornalista diariamente busca e redige os fatos sofreu uma
série de mudanças com a chegada da internet. Alguns colegas do tempo da máquina
de datilografia conseguiram se inserir na era digital com cursos de
microinformática. Outros resistiram e foram aos poucos, substituídos, apesar de
todo o cabedal de conhecimento e experiências adquiridos com anos de profissão.
Mas, quais foram os impactos que a nova tecnologia digital trouxe às redações no fazer diário do jornal?
Primeiro, impactou na busca da notícia. Talvez esse tenha sido o principal impacto que a internet causou nas redações. Antes, o repórter tinha que ir atrás da notícia, onde ela estivesse acontecendo. No máximo contava com o telefone para confirmar a entrevista ou acrescentar dados e informações.
Hoje, ele busca os dados na rede mundial de computadores. Ali pesquisa a fonte, notícias anteriores sobre o assunto e assim, se prepara melhor para a entrevista e não corre o risco de repetir alguma pergunta já feita anteriormente por outro colega ou outro periódico. Muitas vezes, não precisa sequer sair da redação, valendo-se do telefone da fonte, se possível, celular, para complementar ou obter informação.
Também pode realizar a entrevista utilizando-se de e-mail ou de contato por meio das redes sociais como a plataforma do Formsprings em que se faz uma pergunta e o outro responde e o Intervue, uma mistura de Youtube com YahooResposta em que as pessoas respondem uma pergunta por meio de um a webcam. Outras, como o Facebook ou Linkedin permitem conversas em reservado, assim como o Messenger.
Segundo, a internet impacta na interpretação dos fatos e na confecção de reportagem pois possibilita que o jornalista tenha uma série de informações a seu dispor podendo comparar fatos, analisar dados, pesquisar o perfil do entrevistado, enfim, a poucos toques e algumas janelas, tem a seu dispor dicionário, tradutor, biblioteca, enciclopédia.
Terceiro, impacta no relacionamento com as fontes. Antes, o relacionamento era mais intimista, face a face, olho no olho. Permitia detectar, inclusive, a sinceridade e a hipocrisia do entrevistado, se o repórter fosse sagaz ou já conhecesse bem a fonte. Hoje, se abdicar desse contato explorando e pesquisando pela web tem, com certeza, muito mais informações e dados, porém, interpretados e editados conforme o site em que estiver inserida.
Se o sítio da web pesquisado for da organização em que a fonte atua terá filtro institucional ou ângulo mercadológico, para citar dois tipos de ideologia que o repórter vai encontrar. A internet pode auxiliar na busca diária da informação mas não pode substituir o contato com a fonte, sob pena de alterar o produto final, a notícia.
Assim, o relacionamento com a fonte sofreu mudanças com a otimização do tempo da entrevista, visto que o repórter já chega ao local com uma pesquisa sobre a pessoa e a instituição, porém, não tornou o contato pessoal obsoleto. Exceção para o uso de webcam ou vídeo-conferência que poderá substituir, em casos extremos, a entrevista cara-a-cara.
O uso das novas tecnologias e da internet impactou o modo de se fazer jornalismo otimizando as redações e o tempo entre a apuração dos fatos e a confecção da notícia. O que não alterou foi o relacionamento que continua a ser entre pessoas. Mesmo tendo suportes tecnológicos para mediar a conversação, o diálogo, a entrevista continuam a ser determinantes para os rumos que o texto jornalístico tomará.
A máquina e suas possibilidades técnicas tornam possíveis análises e pesquisas, mas não fazem o sangue do repórter ferver diante de uma boa pauta.
Definitivamente, a frieza do contato intermediado pelo computador e pela web não possibilita a emoção e a motivação que um bom jornalista tem durante a apuração de um fato e a redação da matéria.
PARA CITAR ESTE ARTIGO:
ALCANTARA, Quézia. “Como a Internet mudou a rotina do repórter no jornal”.http://rede-e-comunicacao.blogspot.com/2011/11/como-internet-mudou-rotina-do-reporter.html
Mas, quais foram os impactos que a nova tecnologia digital trouxe às redações no fazer diário do jornal?
Primeiro, impactou na busca da notícia. Talvez esse tenha sido o principal impacto que a internet causou nas redações. Antes, o repórter tinha que ir atrás da notícia, onde ela estivesse acontecendo. No máximo contava com o telefone para confirmar a entrevista ou acrescentar dados e informações.
Hoje, ele busca os dados na rede mundial de computadores. Ali pesquisa a fonte, notícias anteriores sobre o assunto e assim, se prepara melhor para a entrevista e não corre o risco de repetir alguma pergunta já feita anteriormente por outro colega ou outro periódico. Muitas vezes, não precisa sequer sair da redação, valendo-se do telefone da fonte, se possível, celular, para complementar ou obter informação.
Também pode realizar a entrevista utilizando-se de e-mail ou de contato por meio das redes sociais como a plataforma do Formsprings em que se faz uma pergunta e o outro responde e o Intervue, uma mistura de Youtube com YahooResposta em que as pessoas respondem uma pergunta por meio de um a webcam. Outras, como o Facebook ou Linkedin permitem conversas em reservado, assim como o Messenger.
Segundo, a internet impacta na interpretação dos fatos e na confecção de reportagem pois possibilita que o jornalista tenha uma série de informações a seu dispor podendo comparar fatos, analisar dados, pesquisar o perfil do entrevistado, enfim, a poucos toques e algumas janelas, tem a seu dispor dicionário, tradutor, biblioteca, enciclopédia.
Terceiro, impacta no relacionamento com as fontes. Antes, o relacionamento era mais intimista, face a face, olho no olho. Permitia detectar, inclusive, a sinceridade e a hipocrisia do entrevistado, se o repórter fosse sagaz ou já conhecesse bem a fonte. Hoje, se abdicar desse contato explorando e pesquisando pela web tem, com certeza, muito mais informações e dados, porém, interpretados e editados conforme o site em que estiver inserida.
Se o sítio da web pesquisado for da organização em que a fonte atua terá filtro institucional ou ângulo mercadológico, para citar dois tipos de ideologia que o repórter vai encontrar. A internet pode auxiliar na busca diária da informação mas não pode substituir o contato com a fonte, sob pena de alterar o produto final, a notícia.
Assim, o relacionamento com a fonte sofreu mudanças com a otimização do tempo da entrevista, visto que o repórter já chega ao local com uma pesquisa sobre a pessoa e a instituição, porém, não tornou o contato pessoal obsoleto. Exceção para o uso de webcam ou vídeo-conferência que poderá substituir, em casos extremos, a entrevista cara-a-cara.
O uso das novas tecnologias e da internet impactou o modo de se fazer jornalismo otimizando as redações e o tempo entre a apuração dos fatos e a confecção da notícia. O que não alterou foi o relacionamento que continua a ser entre pessoas. Mesmo tendo suportes tecnológicos para mediar a conversação, o diálogo, a entrevista continuam a ser determinantes para os rumos que o texto jornalístico tomará.
A máquina e suas possibilidades técnicas tornam possíveis análises e pesquisas, mas não fazem o sangue do repórter ferver diante de uma boa pauta.
Definitivamente, a frieza do contato intermediado pelo computador e pela web não possibilita a emoção e a motivação que um bom jornalista tem durante a apuração de um fato e a redação da matéria.
PARA CITAR ESTE ARTIGO:
ALCANTARA, Quézia. “Como a Internet mudou a rotina do repórter no jornal”.http://rede-e-comunicacao.blogspot.com/2011/11/como-internet-mudou-rotina-do-reporter.html
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