terça-feira, 24 de abril de 2012

MONITORAMENTO DE REDES SOCIAIS

O monitoramento de mídia hoje pressupõe apurar a presença da pessoa ou de sua organização nas redes sociais. Mesmo que ela não esteja inscrita em alguma rede, precisa saber como sua empresa, marca ou produto estão repercutindo na web e monitorar os sites de relacionamento é de suma importância, uma vez que os consumidores encontraram nessas redes a forma mais fácil, ágil e dinâmica de reclamar, sugerir e criticar organizações. Confira no site abaixo oito ferramentas que vão auxiliar qualquer gestor de comunicação na tarefa de verificação da presença de seu assessorado nas redes sociais.

8 SERVIÇOS PARA MONITORAR REDES SOCIAIS




segunda-feira, 23 de abril de 2012

JORNALISMO NA ERA DE REDES DIGITAIS


Que a internet e as redes sociais estão impactando o fazer jornalístico não há dúvida. A discussão agora é com que velocidade os meios tradicionais (jornais impressos, televisão, rádio) repercutem os fatos e novidades lançados na web.

Durante a fase industrial da comunicação de massa – antes da atual fase digital e em rede – o meio que conseguia a instantaneidade e atualidade do fato era o rádio. Ele chegava aos locais do acontecimento com mais rapidez, pois precisava apenas de um repórter com gravador e um telefone para transmitir a notícia. 

Logo a seguir vinham os repórteres dos telejornais que para se locomoverem necessitavam deslocar a equipe toda incluindo o cinegrafista e os equipamentos. E por último, os repórteres dos impressos apareciam munidos de suas cadernetas e precisam de uma apuração mais aprofundada por que essa notícia só sairia no jornal do dia seguinte.

Hoje, qualquer cidadão com celular e conexão de internet utiliza as redes sociais para contar o que ocorre na cidade. Os principais veículos de comunicação de massa mantém pessoas nas redações conectadas para detectar os acontecimentos e pautar os colegas repórteres. Essa função antigamente era do rádio-escuta e atualmente foi transferida para um pauteiro ou produtor que fica plugado nos principais jornais on-line e redes sociais ‘catando’ os fatos.

Essa denominação poderia ser a que Bruns (2005) deu a essa prática descrita por Raquel Recuero: "as práticas informativas na Internet (e, portanto, nas redes sociais online) podem ser classificadas como gatewatching, e podem complementar e até substituir o papel do gatekeeping do jornalismo tradicional. Para o autor, gatewatching refere-se à observação daquilo que é publicado pelos veículos noticiosos, no sentido de identificar informações relevantes assim que publicadas".

O jornalista e blogueiro Cleyton Carlos Torre, em artigo para o Observatório da Imprensa dá a dica para o profissional do jornalismo da era digitalizada em rede: “Não é novidade para ninguém que qualquer um pode ser um – bom – produtor de conteúdo nas redes sociais. Também não é novidade alguma a rapidez e instantaneidade com que a internet trabalha. Quer usar redes sociais? Então seja sociável nas redes. Não há espaço para um jornalismo tardio e que ainda procura se posicionar diferentemente dos usuários que lá já estão”.

O repórter hoje conta com inúmeros recursos on-line para realizar seu trabalho: pode pesquisar o assunto, o entrevistado, as matérias que saíram anteriormente sobre o tema antes de ir a campo; pode se utilizar do Messenger, do Formspring e do já considerado antiquado e-mail para fazer entrevistas quando houver indisponibilidade do entrevistado de receber o repórter, entre outras facilidades.


Porém, precisa mais que tudo, ser um repórter com cultura digital ou um jornalista da era da informação ou como gosto de dizer, da era de redes digitais. Estar na rede mundial de computadores é uma coisa, utilizar-se dela como ferramenta de trabalho, é outra. Ao repórter do século XXI é necessário estar na web, ter uma rede de relacionamento confiável em um dos sites de redes sociais sob a pena de ‘levar furo’, ‘comer bola’ ou ‘dar barrigada’, no jargão de redação.

Tempos ágeis exigem repórteres mais ágeis ainda. Nada complicado para a nova geração de jornalistas que atua nos dias de hoje. Afinal são da geração digital e já nasceram com um mouse na mão...

Faltam-lhes apenas aprender os conceitos fundamentais de apuração e divulgação da notícia – estes que colegas de antigas gerações o fazem com competência e relativa facilidade. Cabe à nova geração agregar às facilidades digitais e de rede a paciência, o senso crítico, a ética em ouvir sempre todos os envolvidos, o texto bem redigido, a reportagem 'bem amarrada' para fazer com que o jornalismo contemporâneo adquira a mesma confiabilidade e coerência do jornalismo que pautou as redações durante o século XX.



Para citar este artigo:
ALCANTARA, Quézia. "Jornalismo na Era de Redes Digitais". Em: http://rede-e-comunicacao.blogspot.com.br/2012/04/jornalismo-da-era-de-redes-digitais.html, acesso em...