Estar
na mídia hoje é o sonho de consumo da grande maioria das pessoas e alimenta o
imaginário coletivo dos que desejam se tornar uma celebridade ou apenas ter
reconhecimento. E este feito não é para muitos. São pouquíssimos que conseguem
seu lugar ao sol ou seus quinze minutos de fama.
A
mídia é o espelho narcisístico no qual o público se vê, se projeta e no qual
também quer ser visto, tornar-se ídolo e modelo para ser seguido. Os assessorados que contratam um serviço de
comunicação, seja de marketing, relações públicas ou de imprensa querem mais
que tudo serem projetados de alguma forma nesse mundo midiático habitado por
‘deuses do Olimpo’. O Olimpo atual no qual os deuses ou celebridades são cultuados
chama-se grande mídia que podem ser conceituadas como indústrias de reprodução,
difusão de mensagens midiáticas e detém o poder simbólico.
Estar
no Olimpo é desfrutar de um lugar efêmero e transitório, pois que os ‘medias’
necessitam de novidade para manter seu público cada vez mais interessado, já
disse Morin. Mesmo assim, este é um tipo de espaço que tanto pessoas como
instituições almejam ocupar sejam por vaidade ou para alavancar oportunidades. Ter
visibilidade mediada é mais que uma vaidade. Para o mercado é uma necessidade.
A
mídia é uma indústria poderosa na criação, manutenção e destruição de imagens,
mas extremamente complexa no que se refere ao processo de seleção e veiculação
ressaltam as teorias do newsmaking e da agenda-setting. Não basta querer para
se tornar midiático. É preciso preencher uma série de requisitos ou critérios,
neste caso, não de noticiabilidade, mas de notoriedade para ocupar determinado
espaço na telinha ou nas folhas de um jornal.
Inserir-se
na agenda pública da grande mídia ou alcançar essa visibilidade mediada é
tarefa hercúlea, quase impossível para a grande maioria das pessoas e organizações,
pois há um tipo de mediação nos meios de comunicação de massa que a teoria do
agendamento chama de ‘gates’ ou portões que selecionam as pautas que serão
inseridas na agenda da mídia durante a fase de produção jornalística.
Para
se ter visibilidade mediada é preciso antes de tudo ser incluído nessa agenda
de produção midiática, convencer pelo critério de notoriedade de que merece
espaço e tempo na grande mídia.
Nesse
sentido, a internet trouxe um espaço nunca antes imaginado para que esse ‘eu’
inconformado possa ocupar – os sites de relacionamento ou redes sociais. Elas
tornaram-se espaços mais acessíveis e interativos até mesmo que um site
pessoal. Dispõem de ferramentas e aplicativos de fácil manuseio e que
possibilitam inúmeros recursos para a participação do receptor enquanto
sujeito, além de customização e personalização do visual de sua página ou de
seu avatar.
Fazer
assessoria para pessoas e organizações na era digital pressupõe o uso de
ferramentas digitais e de redes de relacionamentos na internet no composto dos
produtos de uma assessoria de comunicação e marketing.
Resta
agora saber o que falar e como falar de nós e dos nossos assessorados nessa era
que apesar de dispor de tantas ferramentas tecnológicas e canais de comunicação
apresenta grande “vazio comunicativo”.
Que
as atuais assessorias não sejam apenas mais uma voz nessa multidão que fala
muito e junto na rede midiática, mas suporte confiável para que pessoas e
organizações adquiram vez e voz para os públicos com os quais precisam
interagir.
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(Publicado no Opinião Pública - Diário da Manhã - 06/06/12 )
Para citar este artigo:
ALCANTARA, Quézia. "Assessoria de comunicação e marketing, visibilidade e redes sociais".http://rede-e-comunicacao.blogspot.com.br/2012/06/assessoria-de-comunicacao-e-marketing.html