domingo, 15 de janeiro de 2012

ASSESSORIA NO SÉCULO 21


Quando Ivy Lee criou a primeira assessoria de imprensa não poderia vislumbrar como seria o trabalho dos assessores cem anos depois. De um velha máquina de escrever para um laptop conectado à World Wide Web ou rede de alcance mundial, hoje a assessoria tem um papel de gerenciamento, gestão e consultoria de comunicação – ações cada vez mais requisitadas pelas organizações que precisam se fazer presentes numa sociedade globalizada, mas também fragmentada – ligada à rede mundial, com grande quantidade de dados que necessitam ser interpretados para fazerem sentido ao cidadão comum.

A assessoria de imprensa hoje não funciona mais à base de um telefone fixo, numa sala mobiliada com máquina de escrever, uma ‘arara’ onde são arquivados os jornais do dia como nos anos 1960 a 1980 do século XX. Hoje, assessoria de imprensa está integrada com outros profissionais da área de comunicação e administração, tais como relações públicas, publicitários e gestores de marketing e de mídias sociais, defende Jorge Duarte. Também tem necessariamente computadores, laptops, celulares –mais precisamente smartphones com acesso à internet, conectados em qualquer lugar, o tempo todo e que garantem interatividade e atualização constantes.

Além dos meios técnicos e humanos que integram a assessoria do século 21, os produtos da assessoria mudaram e se modernizaram. Do lento e congestionado release por fax para o release 2.0 enviado por e-mails e mensagens enviadas via celulares. Os releases estão cada vez mais parecidos com páginas de Internet: contém menos textos, mais imagens, opções multimídias – vídeos, podcasts, galerias de fotos, e formas de interatividade sequer antes imaginadas – links para chats da organização e para as redes sociais que a empresa assessorada participa, além dos blogs que permitem ao assessorado expor suas idéias e opiniões com mais liberdade.

Atualmente toda empresa quer se ver e ser vista nas redes sociais. Além de visibilidade midiática a mídia social tornou-se o mais novo canal de interação e conversa entre uma organização e seus públicos, sejam de consumidores, fornecedores, parceiros, funcionários, associações, enfim, os públicos que integram seu “stakehold”, como exemplificou Neuza Serra, a teia em que o assessorado está no centro e ao seu redor formam-se as redes de contato, determinadas pelo grau de impacto que causam na organização.

A palavra de ordem, no entanto, é relacionamento. Assessoria de Comunicação, Imprensa, Marketing não podem prescindir do bom e velho diálogo, do olho no olho, do  tête-à-tête. Mesmo que intermediado por celular ou uma das redes sociais, o trabalho da assessoria é falar e ser ouvida. Mais que isso, é ter certeza e garantia de que foi ouvida. Enfim, que o destinatário dos esforços de uma assessoria (veículos de imprensa, públicos diversos) por meio de ‘feed-back’ compreenda a mensagem, permitindo resultado satisfatório que no final das contas se traduz pela comunhão de idéias.




PARA CITAR ESTE ARTIGO:


ALCANTARA, Quézia."Assessoria no século 21". http://rede-e-comunicacao.blogspot.com/2012/01/assessoria-no-seculo-21.html. Acesso em: 

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