Quando Ivy Lee criou a primeira assessoria de imprensa não
poderia vislumbrar como seria o trabalho dos assessores cem anos depois. De um
velha máquina de escrever para um laptop conectado à World Wide Web ou rede de
alcance mundial, hoje a assessoria tem um papel de gerenciamento, gestão e
consultoria de comunicação – ações cada vez mais requisitadas pelas
organizações que precisam se fazer presentes numa sociedade globalizada, mas
também fragmentada – ligada à rede mundial, com grande quantidade de dados que
necessitam ser interpretados para fazerem sentido ao cidadão comum.
A assessoria de imprensa hoje não funciona mais à base de um
telefone fixo, numa sala mobiliada com máquina de escrever, uma ‘arara’ onde
são arquivados os jornais do dia como nos anos 1960 a 1980 do século XX. Hoje,
assessoria de imprensa está integrada com outros profissionais da área de
comunicação e administração, tais como relações públicas, publicitários e gestores
de marketing e de mídias sociais, defende Jorge Duarte. Também tem
necessariamente computadores, laptops, celulares –mais precisamente smartphones
com acesso à internet, conectados em qualquer lugar, o tempo todo e que
garantem interatividade e atualização constantes.
Além dos meios técnicos e humanos que integram a assessoria
do século 21, os produtos da assessoria mudaram e se modernizaram. Do lento e
congestionado release por fax para o release 2.0 enviado por e-mails e mensagens
enviadas via celulares. Os releases estão cada vez mais parecidos com páginas
de Internet: contém menos textos, mais imagens, opções multimídias – vídeos,
podcasts, galerias de fotos, e formas de interatividade sequer antes imaginadas
– links para chats da organização e para as redes sociais que a empresa
assessorada participa, além dos blogs que permitem ao assessorado expor suas
idéias e opiniões com mais liberdade.
Atualmente toda empresa quer se ver e ser vista nas redes
sociais. Além de visibilidade midiática a mídia social tornou-se o mais novo
canal de interação e conversa entre uma organização e seus públicos, sejam de
consumidores, fornecedores, parceiros, funcionários, associações, enfim, os
públicos que integram seu “stakehold”, como exemplificou Neuza Serra, a teia em
que o assessorado está no centro e ao seu redor formam-se as redes de contato,
determinadas pelo grau de impacto que causam na organização.
A palavra de ordem, no entanto, é relacionamento. Assessoria
de Comunicação, Imprensa, Marketing não podem prescindir do bom e velho
diálogo, do olho no olho, do tête-à-tête. Mesmo que intermediado por celular ou
uma das redes sociais, o trabalho da assessoria é falar e ser ouvida. Mais que
isso, é ter certeza e garantia de que foi ouvida. Enfim, que o destinatário dos
esforços de uma assessoria (veículos de imprensa, públicos diversos) por meio
de ‘feed-back’ compreenda a mensagem, permitindo resultado satisfatório que no
final das contas se traduz pela comunhão de idéias.
PARA CITAR ESTE ARTIGO:
ALCANTARA, Quézia."Assessoria no século 21". http://rede-e-comunicacao.blogspot.com/2012/01/assessoria-no-seculo-21.html. Acesso em:
PARA CITAR ESTE ARTIGO:
ALCANTARA, Quézia."Assessoria no século 21". http://rede-e-comunicacao.blogspot.com/2012/01/assessoria-no-seculo-21.html. Acesso em:
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